João Kléber quer resgatar essência do antigo Pânico no Encrenca | Manual da Mulher
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João Kléber quer resgatar essência do antigo Pânico no Encrenca

João Kléber quer resgatar essência do antigo Pânico no Encrenca

A RedeTV! anunciou nesta quinta-feira (30) que o novo elenco do Encrenca, todos os domingos, às 20h

Se depender da vontade de João Kléber, 64, o novo Encrenca, programa que começará a ser dirigido por ele neste domingo (3), seguirá passos parecidos com os traçados pelo antigo Pânico na TV, atração da RedeTV! entre os anos de 2003 e 2012.


“Esse é o meu objetivo lá para frente, fazer parecer a essência do antigo Pânico. Quando fui trabalhar na Europa, em 2005, era a maior audiência da época aos domingos. Mas não gostaria de tirar a identidade do Encrenca, os vídeos que viralizam na internet. Será uma mescla”, diz.


Porém, Kléber adianta que esse é um plano para alguns meses, não para os primeiros programas. “Menos é mais. A princípio, vamos manter as coisas como já estão, mas colocando uma pitada da identidade de cada humorista. Teremos imitações, pegadinhas diferentes e externas”, explica o diretor.


A RedeTV! anunciou nesta quinta-feira (30) que o novo elenco do Encrenca, todos os domingos, às 20h, contará com Júlio Cocielo, Victor Sarro, Viny Vieira, Fernanda Keulla e Caio Pericinoto. A direção executiva fica com Rafael Paladia. O time anterior acaba de migrar para a Band e comandará o Perrengue na Band.

A ideia é aproveitar a qualidade de imitador de Viny, a popularidade de Cocielo e seus mais de 16 milhões de seguidores, a versatilidade de Caio, o humor ácido de Sarro e o carisma da ex-Globo Fernanda para causar identificação no público.


Uma das principais características do Pânico de antigamente eram as “novelas” criadas por eles para instigar os telespectadores. Não foram poucas as vezes em que o elenco “perseguia” gente famosa como Jô Soares e Clodovil [1937-2009] para que fizessem algo que eles queriam, como vestir as sandálias da humildade. E esse tipo de trunfo deverá aparecer no novo Encrenca.


“Eram umas historinhas, umas narrativas que eram construídas e prendiam a atenção para o programa seguinte. Esse suspense pode pintar”, explica Kléber, feliz com a oportunidade de retomar uma função que ele já está habituado, mas nem todo mundo sabe.


Além de sempre ter dirigido seus próprios programas, ele costumava ter essa incumbência em especiais de humor de fim de ano na Globo e na própria RedeTV!. Por ser um produtor de conteúdos e formatos, a direção não o assusta.


Durante muitos anos ele foi dirigido no teatro por Chico Anysio [1931-2012]. Também teve a chance de comandar o programa do Chacrinha [1917-1988] ao lado dele quando tinha pouco mais de 20 anos de idade.


“Essa experiência com eles é que vou tentar levar agora aos mais jovens. Generosidade que deram a mim quando eu estava começando eu farei com essa nova geração. Eu sou um cara que trabalha muito e eu vou cobrar”, define.


E se em seus programas na emissora ele sempre gostou de acompanhar a audiência, agora, no novo desafio, não será diferente. O Encrenca costumava ser a maior audiência da emissora desde 2015 (entre 6 e 6,5 pontos). Mas Kléber diz que nos últimos meses os índices estavam entre 3 e 3,5 pontos na Grande SP (cada ponto equivale a cerca de 76 mil domicílios).
A meta é continuar no topo. “Temos a obrigação de manter esse ibope. Agora de imediato, impossível fazer mudanças radicais. Os concorrentes são bons: Luciano Huck, Fantástico, Silvio Santos.”


E por falar em concorrência, o diretor e a nova trupe do Encrenca deverão ter embates contra os antigos componentes do humorístico, agora na Band, a partir de 7 de novembro. Essa é a data programada para os humoristas Tatola Godas, Dennys Motta, Ricardinho Mendonça e Ângelo Campos estrearem na nova emissora exatamente no mesmo horário das 20h.


“Respeito e sou amigo dos profissionais que agora estão na Band. Vamos competir. Uma coisa é ser concorrente outra é ser inimigo, isso nunca. Quem sairá vencendo será o telespectador. Faremos de tudo para ganhar, mas nada se constrói sem trabalho”, encerra João Kléber.